2022: A DC na Reconstrução do Brasil!
O cenário de 2022 será um divisor de águas na política do mundo. O saldo da COVID19 é quem vai dá o tom. O despreparo para cuidar das pessoas, na dimensão pública e privada, ficou evidente, escancarada. Não há quem se interessa pelo próximo, seja ele rico ou pobre. O vácuo social é maior do que se imagina, exige elevados estudos, pensamento e ação. Tudo isso leva tempo e coragem para andar na contra mão e enfrentar os dois dados lados de uma mesma moeda chamada povo, eu e você, o próximo. De um lado os que admitem que não podem mais fazer nada, forças aniquiladas entregam-se ao fim, o que chamam de terra arrasada. Do outro lado, os que fingem aceitar que é o fim mas são capazes de matar para preservar o que é seu sem nada dividir da sua ilha de prosperidade. Esse quadro social, que se agrava no curso da história humana, exige “gigantes” movidos por forças que vem de dentro, armas sem letalidade alguma mas com elevada capacidade de resistência por acreditar na vida e em sua plenitude. É nessa linha que devemos seguir para evitar o otimismo da mesmice fácil. Novos caminhos passa por desbravar dogmas, grandes pedras para forjar trilhas tendo o horizonte, ainda que cinzento, como bússola para governados e governantes. Essa luta comum pede inteligência, sobretudo espiritual, é possível recriar as condições para uma vida saudável em todas expressões que abrigam a amplitude do viver. Como já disse a criatura modificada de Nazaré, é “preciso nascer de novo sem morrer”. Isto implica sacrifício, um parto coletivo de alto risco para o fim, onde a vida e a morte se enfrentam. A morte da morte é a única esperança. Neste cenário há grande carência de cuidadores da vida dos humanos, únicos que tem consciência de si. Este é o grande “nicho de mercado”, a mesma oportunidade de sempre, por séculos abandonada, a vida em primeiro lugar, uma tarefa de formação integral ao alcance de todos – educar para a vida é um ato político. A Democracia Cristã tem condições de servir à essa grande obra de reconstrução, mas precisa acreditar que as ferramentas e os recursos mudaram. Cabe um conclave de longa duração para unir pensadores, todos que “não agem precipitadamente” – Pv. 19.2, para não perder o trem da vida ao malhar nos mesmos ferros. O fio de Ariadne está posto, ainda que tudo esteja obscuro, ainda que nosso conhecimento seja incompleto, e que sempre será, resta-nos fé, esperança e amor. Este último transforma e faz da fé o motor da vida para escalar montanhas descortinando a esperança que nos move. Fraterno abraço aos amantes da vida plena.