Elas no poder
No próximo domingo, 8 de março, se comemora o Dia Internacional da Mulher. Nessa mesma data em 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro no ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
No Brasil muitas mulheres continuam tendo tratamento desigual em suas áreas de atuação profissional, no entanto esse é um quadro que vem mudando gradualmente.
No cenário político, as eleições do ano passado apresentaram um aumento de 46,5% no número de mulheres que disputaram cargos públicos. No total o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), contabilizou 7.407 candidatas, ou um terço dos quase 25.000 candidatos em todo o país. Nas eleições de 2010, 5.056 mulheres concorreram.
No entanto esse número ainda não reflete o ideal quando o assunto são mulheres ocupando cargos públicos. Em 2011, 45 deputadas assumiram cargos na Câmara, 8,8% do total de cadeiras. Esse ano foram 51 deputadas, entre eleitas e as que já estavam e ficaram reeleitas, dos 513 assentos 9,9%.
No senado e em postos executivos por todo o Brasil os números seguem a mesma média. Não é de tudo negativo, visto que até bem pouco elas quase nem apareciam na cena política, mas longe de ser o ideal, se levarmos em conta que elas representam metade da população de todo país. Somos de opinião que cada vez mais as mulheres façam parte da vida publica do país e sejam convidadas e estimuladas a fazerem parte dos processos eleitorais que legitimam os representantes do povo na Câmara Federal, no Senado, Assembléias Legislativas, Câmaras Municipais e em cargos executivos, para Prefeituras e Governos Estaduais. Assim tanto no que diz respeito ao poder legislativo quanto ao executivo as mulheres brasileiras estarão ocupando um lugar que lhes é de direito.
A todas as mulheres desse imenso Brasil e em particular àquelas que ajudam a construir a Democracia Cristã em nosso dia a dia, nosso reconhecimento pela sua força, garra, beleza e competência. Contribuindo sempre para o futuro da nação que queremos e podemos ser.
Parabéns mulheres pela passagem do seu dia.
Democracia Cristã: 70 anos de Brasil!